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Os Mistérios Crísticos

de Maria Ferreira da Silva

em 10 Jun 2024

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Ao se atingir o estado de Cristificação atinge-se também uma expansão de consciência, em que se passa a ver o mundo por um prisma diferente e a ter outra compreensão acerca de nós, além de que a presença de Jesus nos conforta e encoraja muito. Ele fala-nos e a nossa vida passa a ser dirigida por Ele e nada se faz sem a Sua Vontade. Assim, no estado de iniciada, não se goza de consciência pessoal, mas sim de consciência cósmica. Para se chegar a este modo de ser, ou estado, “morre-se” constantemente para esta vida: a personalidade, surgida da temporalidade, é sacrificada e não pode mais reduzir-se à categoria do mundo profano. Ela é limitada, sublimada e elevada, mediante as transformações que se operam no interior e chega-se a uma lucidez e espontaneidade pura, passando-se a viver no “eterno presente”, fora do tempo.

Quando se fala de Iniciações Colectivas temos de ter em conta que os mistérios mais profundos são ocultados às “massas” e só se revelam, por si mesmos, aos mais avançados. Por exemplo, a Ciência Sagrada do Egipto (§), jamais saiu dos santuários. Quanto à Iniciação Crística, ela atinge-se individualmente; mas primeiro as características que se tem de adquirir e purificar são desenvolvidas lentamente e em conjunto, até se alcançar o ponto em que se destaca dessa “massa”.

O mote indispensável para esta Iniciação ao nível das “massas” é, sem dúvida, a devoção. A devoção é desenvolvida nos povos, e neste caso com o Cristianismo, através da vida de um Ser, que ficou como marco e exemplo de como podemos alcançar o reino de Deus, ou dos céus. Assim se estabeleceu uma religião, pois as religiões são o elo entre o Céu e a Terra, e o caminho condutor do homem para Deus. Tudo que seja para elevar a Alma, ou projectar mentalmente o homem ao infinito, constitui um acto religioso. Enquanto o homem não passa a ver tudo o que o rodeia como sagrado e, principalmente, o seu interior, faz sempre a distinção entre o profano e o sagrado e limita-se. Uma religião não passa então de ser constituída aparentemente por dogmas e regras morais, com os quais o homem se deve guiar na sociedade; mas, por detrás, na sua essência, ela provoca transformações, ajuda a adquirir virtudes, eleva a devoção, impõe respeito para com algo que transcende a matéria e que solenemente pode passar a desejar-se alcançar.

A emancipação, ou iluminação, dá-se quando o homem compreende que já não precisa da religião para o elevar ao Divino. Pelas reincarnações que passou aglomerou conhecimento, assimilou os bens e essências dessas religiões, passou transformações, armazenou tudo no seu sub-consciente, que faz parte agora da sua expansão de consciência, e sabe então caminhar sozinho.

III Capítulo do Livro, "As Iniciações".
   
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