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Jesus Cristo segundo Rudolf Steiner - 2ª Parte

de Zelinda Mendonça

em 05 Mar 2011

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Essa voz fez a alma de Jesus voltar a si quando acordou daquele êxtase e ao olhar para a multidão dos sofredores e oprimidos que o haviam elevado ao altar, eis que a multidão tinha fugido. Ao lançar o olhar clarividente para longe, só conseguiu dirigi-lo a uma multidão de forças e seres demoníacos, todos eles ligados àquela gente.
Foi este o 2º acontecimento de grande importância, o segundo marco significativo que encerrou um dos períodos da vida atravessada por Jesus (a partir dos seus 12 anos).
Antes do baptismo no Jordão, a sua alma precisou travar conhecimento com os abismos da natureza humana.

Depois dessa viagem Jesus voltou para casa (foi mais ou menos na época da morte do pai). Ao regressar, Jesus trazia na sua alma uma profunda e vívida impressão dos efeitos demoníacos infiltrados no que sobrevivera das antigas religiões pagãs.
Certos níveis do conhecimento superior só podem ser alcançados tendo o iniciado conhecido os abismos da vida. Também com Jesus, por volta dos 24 anos aconteceu que ao perscrutar profundamente o íntimo de seres humanos, lhe pareceu como se neles se tivesse concentrado toda a miséria anímica da humanidade de então.

Desse modo aquela alma relativamente jovem tornou-se possuidora de uma tranquila e penetrante visão do espírito. Jesus tornou-se num homem que divisava as profundezas dos mistérios da vida, sendo capaz de enxergá-las como ninguém antes havia feito; pois até então ninguém pudera observar até que grau pode chegar a miséria humana.
Ele vira a miséria concentrada, vira como por meio de cerimónias religiosas é possível atrair todo o tipo de criaturas demoníacas. É certo que ninguém como ele recebera na alma aquela impressão infinitamente profunda ao ver aquele povo possuído por demónios.
Certamente ninguém na Terra estava tão bem preparado para a seguinte questão: - como se pode deter a expansão desse sofrimento na Terra?

Jesus tornara-se um iniciado no decorrer da vida, e isso chegou ao conhecimento de um grupo de pessoas que, naquela época, se reuniam numa ordem mundialmente conhecida como a ordem dos Essénios.

3 - Os essénios

Era uma ordem severa.
Para entrar tinha-se de passar por uma provação de no mínimo um ano.
Tinha de provar pela sua conduta moral, pelo serviço prestado às mais elevadas entidades espirituais, pelo sentido de justiça, de igualdade humana, pelo sentido de repúdio aos bens humanos exteriores, ser digno de tornar-se um iniciado.
Havia vários graus de iniciação para aproximação do mundo espiritual. Isolavam-se do resto da humanidade em severa disciplina monástica e praticavam certas medidas de purificação com o intuito de eliminar tudo o que fosse indigno no corpo e na alma.
Na ordem havia documentos antigos e tradições cujo conteúdo os membros mantinham em rigoroso sigilo.
Só podiam ensinar o que aprendiam dentro da Ordem.
Ao ingressar na ordem tinham de entregar todos os seus bens materiais.
Naquela época eram entre 4 a 5 mil membros, e lá chegavam pessoas de todas as localidades do mundo de então.
Tudo pertencia a todos. Uma lei extraordinariamente severa para as nossas condições actuais permitia que um essénio ajudasse com bens da Ordem, todas as pessoas necessitadas, excepto os membros da sua própria família.

Não podiam passar por uma porta que estivesse decorada com pinturas ou que tivesse imagens nas proximidades. Como eram reconhecidos na cidade de Jerusalém construíram portas não ornamentadas para também eles poderem entrar na cidade.
Havia um estabelecimento, recebido por doação dos essénios na Nazaré, e assim Jesus ficou sabendo o que era essa ordem.
Entre os essénios correu a notícia sobre a profunda sabedoria que sobreviera à alma de Jesus de Nazaré.
Entre os Essénios havia a ideia que se poderia denominar profética, de que entre os homens deste mundo, deveria surgir uma nova alma destinada a actuar como uma espécie de Messias. Por isso eles procuravam onde quer que houvesse almas especialmente sábias, tendo ficado profundamente tocados ao saberem do que surgira na alma de Jesus de Nazaré.
  (... continua) 


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