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Do Pentecostes e do Espírito Santo

de Pedro Teixeira da Mota

em 12 Fev 2014

   O Espírito santo na tradição ocidental cristã surge a partir do Antigo Testamento com a palavra "ruah", tanto no sentido de vento, respiração e sopro, ou ainda de pessoa ou sujeito de experiências vitais, mas sobretudo como poder de Deus ou presença divina no mundo, uma força impessoal, desde o espírito que pairava sobre as águas no Génesis, ao sopro de Deus que é insuflado em Adão e Eva. Mais tarde temos o espírito de Deus agindo sobre certos indivíduos, que vão ser sobretudo os profetas, dotando-os ou enchendo-os de uma força que lhes intensifica a capacidade de visão e conselho ou orientação.

Do Pentecostes e do Espírito santo (2)

Por fim, no Novo Testamento, temos o espírito que fecunda Maria, símbolo da alma receptiva, e desce sobre Jesus, e o unge ou torna messias, aquele que realiza mais plenamente o espírito divino e que no fim, como qualquer mestre, precisa de se ir embora para que venha o outro, o que está latente em cada um dos discípulos, e ora é soprado nos discípulos pelo mestre ora desce (ou sobe) no Pentecostes...

A expressão escolhida, para esse espírito, de Consolador, como tradução do Paráclito grego e que também pode ser o Confortador, o redentor, o advogado, o suportador, sendo uma tradução bem própria da época das perseguições do cristianismo nascente, parece-me que poderá ser hoje mais vista e acolhida como significando o guia interior, o Mestre, o Espírito divino e amoroso-sábio em nós e que certamente, ao ungir ou descer sobre a nossa consciência, também suaviza as agruras e sofrimentos desta vida terrena, em tantos casos verdadeiramente difícil...
No Novo Testamento não encontramos pois uma teologia do Espírito santo firme, bem pelo contrário: Marco, Mateus e Lucas falam muito pouco dele, nas cartas de S. Paulo tanto surge ainda o espírito de Jesus como já o Espírito santo e é só no evangelho bem mais posterior de S. João, muito influenciado pela sabedoria grega e os mistérios, que o Espírito santo é identificado com o Logos, o Princípio ou Ser de Amor-Inteligência que rege ou dá coesão ao universo manifestado.

Ao longo dos séculos as interpretações e vivências foram imensas e tão diversas que destacaríamos apenas as da demanda do santo Graal (em que o Espírito santo desce sobre a távola redonda ou sobre o vaso do coração) e as de Joaquim de Fiora e dos franciscanos espirituais que consideravam que estávamos a entrar na era do Espírito santo, que sucedia à do Pai e do Filho, e que se caracterizaria pelo aparecimento de cada vez mais seres espirituais abertos ou mesmo identificados ao Espírito e já não tão dependentes de doutrinas, dogmas ou cerimónias exteriores...

Temos assim um amplo leque de opções de trabalho e de relacionamento com o Espírito... Tudo está em aberto... O seu espírito, a energia divina ou shakti no ser humano, o amor que está em nós e dá asas unificadoras, o espírito de Jesus, o espírito divino no Universo, a terceira pessoa da trinitarização divina..., muitos aspectos para poder abrir o seu coração e despertar mais o espírito em si...

Silencie, ore, medite, contemple e avance então criativamente na descoberta de si próprio e de Deus, cumprindo o preceito da sabedoria grega: conhece-te a ti próprio e conhecerás os deuses ou o Divino...

Coopere na tradição espiritual portuguesa do Espírito santo, contribua hoje com algumas ondas ou partículas luminosas, meditando, reflectindo e comungando com ou no Espírito.... Amor...
     


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