Não haveria necessidade de regras ou limitações, se todo o ser humano integrasse em si já esses direitos, como um dever intrínseco vivencial, sem constituir uma ameaça para si mesmo e para os outros. A ameaça aos direitos de cada um, está no dia-a-dia, quando convivemos com a atitude dos outros, numa sociedade onde os valores e ética não são respeitados por todos, num misto de culturas, de gostos, de evolução humana e espiritual.
Se o Homem entretém uma relação pessoal consigo mesmo, porque não haveria de idealizar uma relação pessoal com Deus? Se o homem ‘fala’ consigo mesmo, se julga, observa e autoanalisa, porque não haveria ele de reconhecer que Deus também o ‘perscruta’? Deus assegura que um dia o Homem o Há de encontrar porque Dele proveio e para Ele um dia irá, como sua Divina Origem.
Até que o homem não comece a ser controlado pelo Eu (Ego) superior ou Espírito e comece a perceber a sua própria evolução e a controle, será inútil esperar que responda a certos ideais ou aspectos da verdade. O sacrifício ou esforço humano, realiza-se mediante as forças impulsionadoras das circunstâncias e não pelo livre arbítrio ou vontade própria, pois ninguém gosta de sofrer ou de fazer grandes esforços.
A mente define-se como a faculdade de deduzir, raciocinar de forma lógica e coerente, com o poder de descriminar usando a razão, aspecto que distingue o homem do animal. Descriminar é a capacidade da mente selecionar o que pretende, a escolha, a faculdade que permite distinguir inteligentemente, o bom e o mau com respeito a si mesmo e ao mundo em seu redor.
O pensamento é a força criativa capaz de construir mundos infinitos. O seu poder constitui-se por ser na sua génese a grande origem de todo o movimento, dualidade e ilusão (entenda-se no seu sentido objetivo e não depreciativo). O pensamento guia a construção de uma civilização, enquanto se geram as cidades, as Leis e os vários caminhos que direcionam o ser humano para um objetivo maior, quer individual quer coletivo.