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Renovação

de Diogo Castelão Sousa

em 03 Dez 2023

   A Vida sempre se renova, sempre encontra meios para atualizar o obsoleto, reviver o novo, encontrar o inédito. A Vida nunca se esgota ou estagna no que veio antes, no anterior, no passado. Esta é a definição de eterno movimento – a renovação. Do mesmo modo, a consciência do indivíduo requer uma atualização e renovação constantes, de acordo com os Ensinamentos mais propícios e adequados para a atual Época Planetária. Este período da Humanidade indica uma necessidade cada vez maior de nos libertarmos das amarras do ‘eu’, dos seus parâmetros limitados e de uma consequente coligação a uma consciência mais vasta, planetária, ou, nas palavras de Alice Bailey, Consciência Grupal.

Nesse sentido, vibrar de acordo com um propósito maior ou mais universal é crucial para se poder penetrar e descodificar o plano evolutivo da atual época planetária. Trata-se de um trabalho maioritariamente mental, interno, onde a consciência se aprofunda e revoluciona a partir de dentro. Não nos referimos ao estudo ou trabalho intelectual, mas ao trabalho interior constante, referente ao autoconhecimento.

Para tal, precisamos de reconhecer e revogar a aderência a uma atitude mais separatista e individualista, adotando nesta nova visão ou frequência, um caminho que tem em vista problemas mais universais e necessidades de um foro mais amplo.

Para tal, devemos investigar se porventura as nossas ações ainda cumprem o seu propósito, ou seja, se são válidas para a atual época planetária, ou se refletem unicamente padrões já obsoletos. Precisamos de compreender, com inteligência, se os mecanismos que regulam a nossa atitude de viver são velhas crenças ou ideias do passado, ou se, porventura, existe um intervalo, algures na nossa vida, onde elas cessam e dão lugar à observação daquilo que ‘é’, sem as sombras ou distorções do passado. Nesse estado de consciência, onde existe a frescura e qualidade vivaz do momento presente, certamente encontrar-se-á o terreno fértil para uma abordagem mais universal e lapidar dos problemas do ser humano.

De facto, através da libertação da estrutura psicológica do ‘eu’, alcançada através de uma mente tranquila e imparcial, as garras do apego e de crenças obsoletas abandonam o seu fulgor para destacar a beleza e intemporalidade daquilo que ‘é’. Nesse instante, conectamo-nos com algo maior, algo semelhante a um todo ou, em última instância, à ausência de um ‘eu’.

Nesse espaço mental onde o silêncio impera, devido a um aquietamento de todos os pensamentos, de um acalmar das atividades incessantes da mente, de facto, brilha a qualidade extraordinária daquilo que é vivo, daquilo que ‘é’ simplesmente. É a vitalidade de quem vê a vida renovada a cada instante, onde a energia se conserva num movimento total, ao qual a consciência se unifica e adere, sem quaisquer preferências. Nesta atitude, já não há necessidade de procura, medo ou prejuízos. Reina a passividade da paz e a atividade do amor, em conjunto, num trabalho único ‘a dois’...

Neste processo nada se força, apenas se intensifica, dando lugar a um amor sempre novo, continuamente renovado e imorredouro. Por outras palavras, ao captar a luz daquilo que ‘é’, os olhos da consciência redescobrem em si a pureza e o bem que moram nela, que constituem a sua essência e verdadeira natureza. Nesse estado, não há mais possibilidade de um ‘eu’, porque a sua presença corresponde à sua própria negação.

Assim, a partir desta transformação interior, encontra-se a possibilidade de uma evolução de consciência, nomeadamente, o reconhecimento de que existe para além da mente (da estrutura do ‘eu’), um modo de ver o mundo e de ver-se a si mesmo totalmente diferente e revolucionário. Nesse ato, existe um silêncio total. Significa a não distorção daquilo que ‘é’, a integridade de uma observação imparcial, verdadeiramente desapegada, nova e ilimitada.

Porventura, só nesse instante se poderá descobrir o que é o desconhecido, o inédito e, nessa possibilidade, conhecer um meio pelo qual o maravilhamento começa a fazer parte integrante das nossas vidas. Nesse sentido, há um caminho que deve ser trilhado dia após dia, consciencializado momento a momento, lembrado continuamente. Porém, esta memória não é psicológica, mas uma realização constante, de coração. É a percepção, momento a momento, do instante tal como ele é. Nesse amor, há completude e união com o universal.
     


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