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O Festival Esotérico da Páscoa

de Lubélia Travassos

em 17 Mar 2008

   A passagem do Sol pelo signo de Carneiro, regido pelo Planeta Marte, simboliza o cordeiro Pascal, marcial, a morte na cruz, na altura do Equinócio da Primavera (21-22 de Março), quando o Sol cruza o Equador celeste de Sul para Norte. A celebração da Páscoa cristã foi estipulada pela Igreja de acordo com a data adoptada pelas comunidades iniciáticas primitivas cristãs, estando relacionada ainda com a conjugação do Sol e da Lua. O Festival da Páscoa é, por conseguinte, celebrado no primeiro domingo após o Plenilúnio do Equinócio da Primavera, sendo que este ano aconteceu muito mais cedo do que o habitual, coincidindo exactamente no início da estação primaveril.


Sob o ponto de vista esotérico esta relação entre o Sol e a Lua era importante e indispensável para simbolizar o significado cósmico deste evento, por não se tratar apenas de um festival solar. Esotericamente o Sol tem de cruzar o Equador, que significa a Crucificação, tal como o faz no Equinócio vernal, contudo a sua luz tem de se reflectir na Terra através da Lua Cheia, antes que a Ressurreição, iniciática, possa acontecer. Isso significa que a humanidade ainda não atingiu um grau de evolução suficiente para receber a Religião do Sol, do Cristo-Logos ou Cristo Cósmico na sua plenitude, isto é, da Irmandade Universal. De facto, a humanidade não se encontra preparada espiritualmente, tendo portanto necessidade de seguir as Leis legadas pelas remotas Religiões Lunares, que foram diversificadas, conforme as raças e as civilizações. Depois da Páscoa, o Sol volta a alumiar os céus setentrionais, dando-se assim a passagem para o signo de Touro, regido pelo Planeta Vénus, símbolo do amor e da subida ao Reino dos Céus, ou o regresso à Casa do Pai.

Acontece, então outro Festival muito importante no campo esotérico, o da Lua Cheia de Maio, conhecido pelo Festival de “Wesak” ou “Vaísãkh”. Não obstante, toda esta liturgia deverá culminar em pleno no Ritual do Solstício de Verão (21-22 de Junho), que já era celebrado nos antigos Mistérios, como a festa das messes e das colheitas. A liturgia cristã associa-o aos festejos de S. João o Baptista, o Precursor de Cristo, que antecede e anuncia o Solstício seguinte, do Inverno ou o Natal de Jesus Cristo. No entanto, para os seguidores do esoterismo, este Festival da Lua Cheia, denominado “Asala”, é geralmente celebrado no mês de Julho.
No seu movimento anual de translação à volta do Sol, a Terra atinge de novo o equinócio da Primavera e assim se inicia o Festival da Páscoa. O Cristo Cósmico emite em cada estação do Outono o seu raio espiritual, a fim de reactivar a vitalidade esgotada da Terra, pronto a ascender ao Trono do Pai. Realiza-se, então, de novo o grande drama cíclico do mundo, em que é encenada, ano após ano, a luta eterna entre a vida e a morte, sendo que após as actividades espirituais de fecundação e germinação efectuadas durante o Inverno e a Primavera, se seguem os diversos processos de crescimento físico e de amadurecimento durante o Verão e o Outono seguintes sob a influência do Espírito da Terra, que terminam na colheita.

Todos estes grandes fluxos e refluxos cíclicos não só limitam os seus efeitos na Terra, na fauna e na flora, como também têm uma grande influência de forma dominante sobre a humanidade, ainda que a maior parte não se aperceba das causas que impelem a agir numa ou noutra direcção. De facto a vibração terrestre que enfeita de forma vistosa as aves e outros animais na Primavera, influencia também no homem o desejo de usar coisas mais claras e alegres nesta época do ano. Há também, nesta altura e no verão, um apelo ao convite para a descontracção e procura do ar puro no campo e perto do mar, para o convívio com os espíritos da natureza, que ajudam a recuperar da tensão adquirida nas condições desarmoniosas e poluídas da vida citadina. A queda do raio espiritual do Sol no Outono dá origem ao reinício das actividades espirituais e mentais no Inverno. Assim como a força germinadora que estimula a semente na terra e a prepara para reproduzir a sua espécie multiplicada, esta mesma força activa a mente humana, ajudando a promover o desenvolvimento de actividades altruístas que tornam o mundo melhor. Essa onda de Amor Cósmico culmina no Natal, ao emitir vibrações de paz e boa-vontade e ao gerar também o desejo de dar presentes e fazer os outros felizes.
   (... continua)  
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