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Mente - espelho

de Maria

em 18 Mai 2014

   Existe uma grande rede espiritual e mental que liga os seres humanos uns aos outros. A maior parte do aprendizado quer em crianças, quer em adultos, requer exemplos. Vivemos à base das imitações, seja de acções, seja de pensamentos. Durante anos questionei-me sobre a razão pela qual captava tão facilmente a mente dos outros e, portanto, quais seriam os processos mentais que se operavam nestas ocasiões. Entretanto, fui compreendendo a minha sensibilidade e também a dos outros. Temos que a maioria das pessoas vivem mais à base da dor e desânimo, e não deixam fluir a felicidade interior, tornando-se, assim, difícil para qualquer pessoa, captar os estados mentais alheios.

Por um lado, é sabido que a evolução espiritual desenvolve maior percepção, quer do mundo físico, quer dos mundos subtis, razões pelas quais, se pode ter conhecimento sobre o passado e prever o futuro, pelo despertar da clarividência. Já dizia Patañjali que “pela realização espiritual pode ler-se a mente dos outros”.

É, de facto, a capacidade de sentir e de captar os sentimentos e emoções dos outros, que abre portas para a interajuda quando necessário, já que se pode “ver” sempre mais profundamente e mais além…Contudo, o nosso cérebro pode reter por horas percepções e sentimentos alheios, até ao momento, em que por força de vontade podemos desligar, então, da influência exterior.

Na realidade, eu tinha consciência que se tratava de um processo que envolvia mecanismos mentais e, portanto, a minha questão era saber o que acontece, de facto, fisicamente nos nossos cérebros, quando interagimos com os outros, para além da capacidade espiritual que cada um pode ter, de penetrar nos registos akáshicos das outras pessoas.

Parece, então, que há também razões meramente físicas ou processamentos cerebrais, quando interagimos com os outros, a chamada mente – espelho.

As observações científicas feitas através de ressonância magnética dizem, que quando alguém observa outrem a fazer uma tarefa, o seu cérebro reage e desencadeia movimentos como se fosse o próprio a fazê-las, ou seja, os impulsos no cérebro podem acontecer apenas observando os outros. Conjuntos de neurónios de determinadas áreas cerebrais e de acordo com determinadas tarefas, respondem quando realizamos certas acções, mas também quando olhamos atentamente outros realizando movimentos. Estes neurónios – espelho dão uma experiência interna directa na compreensão das intenções, actos e emoções do outro. Isto explica também a capacidade que todo o ser humano tem de imitar as acções dos outros para aprender – casos das crianças que aprendem imitando os adultos – ao fazer do mecanismo cerebral um espelho que permite uma ponte inter-cerebral de comunicação e de ligação em vários níveis, ligando-nos a todos numa grande rede mental.

Esta explicação também esclarece quando captamos os sentimentos e emoções dos outros e temos esta frase tão comum de solidariedade: “sei o que está sentindo”. Isto quer em relação a sentimentos de dor, quer de felicidade – sendo esta mais rara - embora testemunhemos desde sempre que o riso, por exemplo, é contagiante; portanto a transmissão de felicidade de outrem também pode ser captada.

Na realidade, quando estamos com seres de elevada evolução espiritual, é um passo para nos sentirmos bem. Tanto Patañjali, como o Buddha aconselharam a preferência pela companhia dos sábios.

Esta visão científica pode contribuir para maior compreensão sobre os nossos mecanismos físicos e psíquicos e na relação com os demais. De forma primordial a compaixão está escrita nos nossos genes, pois todos temos a possibilidade de compreender o sentir dos sentimentos dos outros, exercendo maior ou menor influência para a ajuda aos demais, de acordo com o grau de amor desenvolvido pelo coração e, pelo poder mental e espiritual.

Concluindo, embora caiba à ciência o mérito de explicar a forma como o cérebro funciona, contudo, ainda não aceitou que o funcionamento físico da mente obedece a algo que está para além das evidências físicas; a nossa capacidade de captar e interagir também, numa grande rede de Consciência espiritual.
     


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