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Níveis de inteligência
de Maria
em 04 Set 2016
O poder discriminativo é uma capacidade da inteligência que capta a diferença entre coisas e ideias. Discriminar sobre as diferenças faz parte do pensamento humano e esta permissão de escolha depende unicamente da inteligência. A inteligência manifesta-se no cérebro pela actividade eléctrica dos neurónios, cuja origem (do átomo) cria um processo de evolução no pensar - pelo qual a mente se desenvolve - e reage aos estímulos eléctricos das mais diversas formas; através dos olhos, da pele que sofre influências magnéticas do exterior, tais como poluição atmosférica, ruído, música e até do sol que interfere directamente na nossa pele, como também da interacção com os outros onde se estabelecem antipatias ou simpatias e que, constantemente, activam o cérebro.
O ser humano é um agregado de átomos diferenciados que na sua totalidade compõem o corpo físico com objectivos precisos. Sendo o átomo uma manifestação de vida confere ao homem a forma física, mas é o Espírito através de determinado grau de manifestação (planos etéricos) que confere a vontade para o propósito de vida dando o sentido do Eu ou Ego. A inteligência aumenta por processos de estimulação dos átomos que compõem os neurónios em simultâneo com o desenvolvimento interior dos sentimentos, emoções e percepções que constituem, na realidade, o Eu.
Sendo o aperfeiçoamento o propósito da vida, cada estímulo interno, como por exemplo o altruísmo tem a capacidade de despoletar reacções e impulsos de evolução estimulando os neurónios a produzir as suas próprias substâncias, que depois tem efeitos de maior lucidez mental e discernimento discriminativo, contribuindo assim para mais inteligência. Portanto, o homem encerra em si um ciclo, composto de matéria e Espírito e sendo que é este que dá o sentido da autoconsciência de um Eu, conforme se desenvolve a mente pelos sentidos e sentimentos, tanto maior será o poder do Espírito para dominar o seu veículo físico, na sua estrutura mental e espiritual.
É purificando a matéria que o Espírito se pode manifestar e obter maior controlo sobre a sua natureza física para funcionar na sua plenitude. A Consciência é o “veículo” intermédio entre a mente que se apoia na matéria, ou forma física do cérebro em constante evolução despertando as faculdades de percepção – o sentir e o saber - e o Espírito ou Mónada.
A consciência espiritual vai sendo adquirida pelo natural desempenho do cérebro-mente, através do qual o intelecto busca a razão superior. A racionalidade é a base da inteligência e quando desenvolvida supera os aspectos mais primários alargando para graus de entendimento ou níveis mais subtis, onde a Consciência pode comandar directamente as percepções, sentimentos e emoções num equilíbrio que, então, impulsiona os níveis espirituais mais elevados.
A evolução do homem é uma espiral ascendente onde a inteligência é cada vez mais transcendente ou iluminada. O conhecimento do Divino tem de acontecer pela inteligência…E só isto torna o homem mais consciente de si (autoconsciência) e da sua responsabilidade no ciclo da Vida. Superar, por exemplo, impulsiona a inteligência conferindo a compreensão individualizada, mas também, gradualmente, o conhecimento da Unidade Cósmica. Portanto, superar é uma capacidade inteligente, bem como a resiliência, qualidades que quando despoletadas aumentam os movimentos neuronais, pelos quais são produzidas maior quantidade de substâncias (serotonina, dopamina etc.) e, que abrange todo o organismo físico, transmutando-o.
A força da vida humana começa quando o Espírito toma conta da matéria, onde há uma descida deste através de planos subtis e etéricos até chegar ao corpo físico. Portanto, a Consciência que emana do Espírito é que começa a actuar sobre a matéria e não o contrário, como a ciência de hoje quer impor.
Estamos tão integrados na inteligência, como um dado adquirido, que nem damos valor a este fundamento da vida, nem nos apercebemos que há níveis de inteligência que fazem a diferença entre os seres humanos, embora haja um ponto médio no colectivo humano. Portanto, a inteligência vai aumentando, conforme formos evoluindo em Consciência espiritual. E, enquanto a inteligência superior se desenvolve pela aspiração e inspiração espiritual, o amor vai desabrochando no nosso interior, pois é claro para aquele que caminha no sentido espiritual, que o bem é unicamente o objectivo final, onde simultaneamente, se integram as qualidades de amor e de sabedoria.
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