pág. 1 de 1
Celebração do Vesak
de Maria
em 26 Mai 2018
Recordo a comemoração do Vesak a que assisti na Tailândia em 2007. O convite para participar no congresso budista partiu de um monge português, que se tinha ordenado na Tailândia, mas na altura a viver em Amarāvati. O evento realizou-se na cidade de Bangkok no edifício das Nações Unidas, que incluía as várias correntes budistas durante 5 dias.
Fui encontrar algumas personalidades já conhecidas mundialmente e, de entre elas Ajahn Sumedho, sempre rodeado de muitas pessoas. A organização tailandesa foi exímia e a sua excelente alimentação foi um prazer, não só de paladar mas de contemplar a primorosa confecção dos mais diversos nutrientes, numa verdadeira criação artística.
Para além do convívio e da aprendizagem através das inúmeras conferências dos representantes das várias correntes do Budismo e já fora deste edifício, assistimos à representação da arte figurativa em dança e outras coreografias sobre a vida do Budha no Campus da Universidade de Bangkok. Este recinto, o Budhamontan tem uma estátua colossal do Budha em pedra negra, que domina o recinto, “contaminando” a atmosfera numa calma tocante pela imponente figura, que com a mão direita, aponta o Caminho. Não restam dúvidas é sempre em frente…
É, de facto, o Vesak a maior festa dos países budistas, que representa a Vida, a Iluminação e a Morte do Budha, num só “instante”. “Instante, pois a vida e morte estão entrelaçadas, onde de permeio fica o trabalho interior de cada um para atingir a iluminação.
O Budha deixou no seu ensinamento, que o mérito de cada ser humano está no empenhamento por esforço próprio em renunciar à ignorância. Ser desperto é estar consciente através do domínio físico, mental e espiritual da superação de si mesmo, rumo à iluminação ou libertação dos laços que prendem aos desejos e manifestações mais primárias.
Ainda hoje este ensinamento tem validade pelo sublime objectivo de devolver a cada um a sua verdadeira identidade – a Transcendência. Assim, a celebração do Vesak, que tem lugar na Lua Cheia de Maio, tem sempre o seu valor espiritual, pois pode ser um marco para o despertar de alguém, encorajado pela realização da iluminação do próprio Budha.
|