A monotonia tem o seu lado oposto à criatividade e esta chega com o despertar da Consciência num ideal superior. Privar-se da riqueza espiritual, ou seja, de viver o lado mais sagrado é limitar a infinita e vasta acção criativa do Espírito. Cada ser que admite a existência do seu próprio Espírito, já é indicativo da tomada de Consciência para sair da acomodação a uma vida sem sentido superior e, revolucionar a sua atitude mental para perspectivas elevadas.
158 – O esforço para a destruição não é a tarefa do Cosmos. Costuma-se considerar o homem como uma vítima das destruições manifestadas pelo Cosmos. Costuma-se considerar os elementos e os cataclismos como os flagelos que causam tantas calamidades, mas vamos discernir onde as catástrofes são apenas manifestações cármicas e inseparáveis do Cosmos. Se identificarmos aquele poder, seremos afirmados na consciência do Imã Cósmico. Cada átomo que se dirige, pelo seu movimento para a cadeia do Imã Cósmico, restaura o ritmo do Cosmos. Cada átomo, em seu movimento, evoca uma cadeia de outros movimentos. Se a humanidade compreendesse aquela subtil pulsação que intensifica todas as forças espaciais, não estaria enraizado o pensamento sobre as forças predestinadas que arruínam e acabam com a vida humana.
Falando de telepatia, ela deriva da evolução espiritual no caminho do aperfeiçoamento. Esta força e forma de comunicação depende da clareza mental e esta é o resultado do progresso espiritual ao nível da Consciência em vidas sucessivas. Se as pessoas não desenvolvem a telepatia é porque desconhecem que a transmissão (telepática) envolve centros especiais do cérebro, onde se processam mecanismos mentais-cerebrais e, que portanto, não passam pelo processo de audição. Assim, telepatia não é ouvir ou “receber mensagens” é captar pensamentos e, o que qualifica a transmissão é a pureza da energia psíquica e o domínio mental.
Hoje em dia não há bem e mal: há preconceito.
A diferença entre bem e mal deixou de ter grande distinção e de permeio encontra-se o preconceito, pelo qual, se decide “condenar” quem ousa ter uma opinião contrária ao que vem sendo estabelecido como pensamento comum. A opinião ou pensamento criativo pessoal está sempre sob a “mira” do preconceito, se não seguir o que pensa a massa popular, tal um rebanho de carneiros obedientes.
Em certa medida, o nosso destino está traçado e o livre arbítrio é a vontade que nos impele a cumpri-lo. O grande obstáculo (problema) pessoal de cada um está na resistência em aceitar essa directriz – quanto maior a resistência maior sofrimento. A luta entre o que se deve fazer e a negligência é que consome o homem pelo anseio da liberdade, ou seja, ao fazer o que lhe compete de forma correcta, está de facto, a usar o seu livre arbítrio de acordo com o destino ou o que se propôs realizar numa vida - antes de ter nascido - sendo esta a liberdade do livre arbítrio. Paradoxalmente, quando se pensa que se tem liberdade para usar o livre arbítrio, fugindo do que deve fazer, acaba por estagnar a própria evolução de vida, pensando erradamente que se está a ter liberdade para escolher.