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Juliana - D. Juliana Dias da Costa, nascida em Agra, filha de Agostinho Costa um dos prisioneiros de Hugli, que veio a ser o médico do príncipe Bahadur, tornou-se a médica e educadora dos filhos e filhas do imperador Aurangzeb, entre os quais Bahadur Shah, a quem sempre foi fiel. Quando este subiu ao trono (em 1707), ela recebeu recompensas e o privilégio de coroar imperadores, sendo presenteada ainda com a casa que fora do príncipe Dāra Shikoh, sábio irmão mais velho de Aurangzeb e por este morto na luta pela sucessão. Foi a grande protectora dos cristãos e ocidentais, até morrer em 1734. O P. Desideri, autor da "Relação sobre o Tibete" chama-a «suporte e ornamento: da nossa santa Fé no Império». O imperador Bahadur Shah, que a consultava constantemente, dizia que se ela fosse homem escolhia-a para vizir e chamava-lhe mãe e Fidavi Duago, Dedicada à Oração. Na corte dos mogóis, como na de outros reinos da Índia, houve frequentemente portugueses e europeus, contribuindo com os seus dotes numa universalidade civilizacional também significativa da hospitalidade indiana. 0 rajá Jai Singh Sawai, de Jaipur, o criador dos observatórios famosos de Delhi e Jaipur, acolhera na sua corte o P. Figueiredo e o médico Pedro da Silva, tendo recebido do primeiro importantes livros astronómicos. D. Juliana Dias da Costa, nos seus últimos anos de vida, pediu que a deixassem recolher-se ao convento das Mónicas em Goa, mas nem a corte mogol, nem o vice-rei e os padres portugueses autorizavam, mostrando-lhe quão valioso era o mérito do seu serviço, reconhecido mesmo pela companhia Holandesa das Índias Orientais.
Livro, "Descobrimentos do Oriente e do Ocidente"
Pedro Teixeira da Mota
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